domingo, 23 de junho de 2013

Mudando as estações



O inverno chega sempre com um tom de melancolia, mas o frio não amedronta Marieta, que vê nessa estação (Alias, a sua predileta) todo um charme e mistério.

Tem tido dias difíceis e isso tem levado a imensa reflexão. Tantas coisas que antes eram realidade e hoje são apenas pequenas lembranças. No entanto, tudo tem seus motivos pra acontecer e se hoje ela chora sabe que um dia o sorriso será permanente e nada e nem ninguém roubara isso dela.



domingo, 31 de março de 2013




Marieta gosta de abraços sinceros, de amores intensos, de sonhos enormes e de ter por perto quem se ama. É conhecida também pelo seu medo do escuro, da solidão e por se sentir perdida em mundo de pessoas tão preocupadas em parecer ao invés de ser.


Sabia que Deus não havia lhe dado essa alegria encantada pela vida e esse coração disparado a toa e que era especial por isso. Que jamais deveria se deixar tomar por medos e covardias ou deixar-se iludir por sorrisos vazios e relações mornas.

Ela quer transar com beijo na boca profundo, olhos nos olhos, eu te amo e muita sacanagem, quer cineminha com encosto de ombro, festa de casamento rodeada por aqueles que ama, casinha no campo com cerquinha branca, cachorro latindo no quintal. Quer ouvir seu cantor predileto numa noite chuvosa e ter de um lado um livrinho na cabeceira da cama e do outro o a pessoa que ama.


Quer brigar de ciúmes, porque ter ciúmes faz parte da paixão, e fazer as pazes rapidamente, porque paz faz parte da paixão. Quer ser criança, mulher, homem, megera, maluca e, ainda assim, olhada com total reconhecimento e respeito.

E quando eu tiver tudo isso e algum invejoso olhar e pensar que "aquela instituição feliz não passa de uma união solitária de aparências" terá pena desse coração solitário que ainda não encontrou o verdadeiro segredo da felicidade.



segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Novos Ares




E Marieta rodopiou até sentir seu estomago revirado e enxergar as imagens com pequenas estrelinhas da mesma maneira que acontecia com ela quando criança...

Ao perceber-se exausta se jogou na grama, essa recém cortada  estava tão agradável, o cheiro, a textura e a maciez lhe traziam uma sensação de conforto em meio a tanto desconforto que se coração guardava.

Sempre a mesma questão lhe assombrava o que é a tal felicidade?

Levantou-se precisava de ar, de um drink, de um amor, de uma musica ou  uma sensação e sabe-se mais o que. O fato é que pobre garota nem mesmo sabia o que precisava exatamente...

Quando criança dentre tantas proibições que lhe eram impostas aguardava ansiosamente pela idade adulta onde poderia ser dona de seus direitos e vontades, no entanto e agora o que fazer com essa liberdade toda?

As vezes se pega em silêncio esperando ouvir os gritos de sua mãe que a chamava pra tomar banho e depois deliciar-se com um prato preparado por horas e com um tempero que jamais conseguira imitar. E depois deitar-se em sua cama onde sua única preocupação eram os monstros que moravam dentro do armário.

Acha-se em tantos lugares, em tantas coisas, tantos amores e desilusões que se fosse contar precisaria de um ábaco grande, muita paciência e uma memória que a idade andava ultimamente a lhe roubar.

Sentia-se cansada, mas incapaz de desistir e assim seguia seus dias com toda coragem que podia e toda a felicidade que seu coração em muitas vezes desiludido insistia em deixar de lado.

Não se sabe pra onde Marieta vai, se volta ou se encontrará o que procura, mas de uma coisa temos certeza e é de que ela tentou e por mais que não pareça em muitos momentos ela é muito feliz, do seu jeito lógico, mas feliz.