segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Novos Ares




E Marieta rodopiou até sentir seu estomago revirado e enxergar as imagens com pequenas estrelinhas da mesma maneira que acontecia com ela quando criança...

Ao perceber-se exausta se jogou na grama, essa recém cortada  estava tão agradável, o cheiro, a textura e a maciez lhe traziam uma sensação de conforto em meio a tanto desconforto que se coração guardava.

Sempre a mesma questão lhe assombrava o que é a tal felicidade?

Levantou-se precisava de ar, de um drink, de um amor, de uma musica ou  uma sensação e sabe-se mais o que. O fato é que pobre garota nem mesmo sabia o que precisava exatamente...

Quando criança dentre tantas proibições que lhe eram impostas aguardava ansiosamente pela idade adulta onde poderia ser dona de seus direitos e vontades, no entanto e agora o que fazer com essa liberdade toda?

As vezes se pega em silêncio esperando ouvir os gritos de sua mãe que a chamava pra tomar banho e depois deliciar-se com um prato preparado por horas e com um tempero que jamais conseguira imitar. E depois deitar-se em sua cama onde sua única preocupação eram os monstros que moravam dentro do armário.

Acha-se em tantos lugares, em tantas coisas, tantos amores e desilusões que se fosse contar precisaria de um ábaco grande, muita paciência e uma memória que a idade andava ultimamente a lhe roubar.

Sentia-se cansada, mas incapaz de desistir e assim seguia seus dias com toda coragem que podia e toda a felicidade que seu coração em muitas vezes desiludido insistia em deixar de lado.

Não se sabe pra onde Marieta vai, se volta ou se encontrará o que procura, mas de uma coisa temos certeza e é de que ela tentou e por mais que não pareça em muitos momentos ela é muito feliz, do seu jeito lógico, mas feliz.